sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Neutrônio: o mais neutro dos estados hipotéticos da matéria

Há vários estados possíveis da matéria – matéria-negra, massa negativa – mas um deles realmente trata do nada. Partículas supermassivas desprovidas de qualquer carga. Mas elas têm uma função, ainda que hipotéticas – ajudar a alavancar a fusão a frio. O primeiro a dar nome de modo oficial e científico ao neutrônio foi J.C. Fisher, em um estudo sobre reações em cadeia de “polinêutrons” – termo também cunhado por ele. Nêutrons não tendem a se juntar por conta própria. Todo átomo mais pesado do que o hidrogênio tem alguns nêutrons nele, mas eles não se agregam em núcleos próprios. Há um problema com o termo “núcleo”: os nêutrons não teriam carga para atrair elétrons então não seriam átomos como os conhecemos hoje. Mesmo um sistema feito com dois nêutrons não é unido como seria em um núcleo normal. Os dois nêutrons se atraem e podem ser empurrados um em direção ao outro, mas não vão aderir e formar um núcleo. Dois nêutrons juntos são o maior grupo de nêutrons já confiavelmente relatados e são, na verdade, resultado de curta duração de decaimentos radioativos. Quatro nêutrons juntos já foram teorizados como algo possível, mas apenas isso. Cadeias de polinêutrons, da maneira que foram concebidas por J.C. Fisher, poderiam ser qualquer coisa entre quatro e quatro mil nêutrons juntos e presos uns aos outros. Como o neutrônio não possui elétrons, ele também careceria de muitas propriedades químicas normalmente encontradas nos átomos. Fisher teorizou que os neutrônios não poderiam se sistematizar com nada, o que significa que algumas partículas dele poderiam ficar em tudo, inclusive na água. Embora os neutrônios não participem de reações químicas normais, eles poderiam entrar em núcleos e desencadear reações nucleares. Por isso a utilidade dele nas fusões a frio: em água apropriadamente preparada, ele poderia iniciar reações de fusão a frio e se tornar uma fonte de energia.














É confortável pensar que uma partícula exótica possa nos ajudar a obter energia limpa, mas é improvável que isso aconteça. Como dito, elas não existem na prática. Embora a ficção científica divulgue a existência de polinêutrons no centro de estrelas de nêutrons, alguns cientistas duvidam até mesmo que essas estrelas efetivamente contenham nêutrons em seus centros. Lá, a matéria deve ser quebrada até o nível dos quarks e subnêutrons, e geralmente se referem a ela como “matéria nêutron-degenerativa”.
By. Bedin =.)

Fonte: www.jornalciencia.com


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